No dia 16 de abril, ocorreu o primeiro evento de pré-lançamento do livro Sprint a Sprint. O interesse foi tão grande que decidimos fazer um segundo evento na semana seguinte e os ingressos para as duas datas se esgotaram em pouco tempo. Apesar de estar super orgulhosa do resultado final, eu, sinceramente, não esperava conseguir tamanho engajamento.
E as notícias boas não param por aí. No dia 27 de abril, o livro foi disponibilizado na Amazon e rapidamente assumiu a posição de mais vendido em suas categorias, posição que vem mantendo até hoje.
Diante de todo esse interesse em saber mais sobre o assunto, resolvi escrever artigos a cada duas semanas compartilhando mais conteúdo relacionado ao tema. Esse primeiro post será sobre a origem do livro. E o segundo contará com mais detalhes como foi aplicar práticas e princípios ágeis no processo de escrita.
A origem
Tudo começou em 2018. Paulo Caroli e eu estávamos trabalhando no mesmo projeto na ThoughtWorks em Porto Alegre. Eu era a Scrum Master / gerente de projetos e ele atuava como consultor ágil de forma parcial durante as primeiras 6 semanas do projeto. O Caroli tinha como objetivo acompanhar o time e gerar recomendações para o cliente que atendíamos na época. Como o time era distribuído entre duas cidades boa parte da comunicação era feita de forma virtual, incluindo e-mails.
Quando o Caroli ia deixar o time, após as 6 semanas, ele gerou um compilado com os e-mails que tínhamos enviado durante aquele período, pois muitos continham relatos e recomendações importantes sobre como o time trabalhava. Ao olhar para aquele conteúdo, ele percebeu que existia potencial para criar algo a partir daquilo e me convidou para escrever um ebook. Esse ebook um dia se tornaria o livro Sprint a Sprint.
Com aquele conteúdo inicial em mãos, continuei trabalhando com o time e detalhando o dia a dia, nossos desafios e aprendizados. Continuei com o time por quase 5 meses, refletindo sobre os acontecimentos e fazendo as anotações que foram utilizadas na escrita do ebook. No começo, as coisas foram bem devagar, eu não tinha muita prática pra escrever e, constantemente, sofria com a síndrome do impostor. Me sentia uma fraude e achava que aquela experiência que tinha vivido não era digna de ser compartilhada, que ninguém iria se interessar.
Ao falar sobre o assunto com pessoas próximas, fui muito incentivada a levar o ebook adiante e, com a mentoria do Caroli, resolvi fazê-lo. No final de 2018, deixei o time, me mudei para São Paulo e a primeira versão do ebook foi publicada no Leanpub.
A partir daí, liberamos novas versões ao longo de 2019 e começamos a receber feedback de pessoas que estavam lendo o ebook. Muitas perguntavam onde podiam comprar o livro físico. Para atender essa expectativa, no início de 2020, começamos o processo de revisão e edição para publicá-lo como um livro.
Após altos e baixos, foi assim que surgiu “Sprint a Sprint: Erros e acertos na transformação cultural de um time ágil”.
Acabei de comprar o livro pela Amazon. Gostei da história.
Estou ajudando o time a resolver essa clareza, quando olho no Trello, cheio de cartões, sem nenhum checklist para acompanhar os avanços das atividades ordenadas do Product Backlog. Eu sou novo no assunto, e entrei na empresa em dezembro, consegui baixar uma tese de mestrado que me ajudou muito a criar o Sprint orientado a metas. Meu papel é construir a cultura junto com time, de modo a viabilizar transparência e resultados. Alguns desenvolvedores saíram sem versionar os códigos, foi difícil chegar já arrumando a casa. Mas eu não tenho medo de vassoura e balde com água e sabão, estamos trabalhando junto com o time estratégico e os resultados já estão aparecendo rápido. Clareza é muito importante, cultura é tudo.